Clube busca alternativas para aliviar dívida com a Caixa sem romper compromissos
A Neo Química Arena, palco de tantas glórias do Timão, voltou a ser tema de debate nos bastidores do clube. Em meio à crise financeira que assola o Corinthians, a diretoria admite que pode abrir conversas com a Caixa Econômica Federal para renegociar os termos da dívida do estádio. No entanto, a possibilidade de calote está fora de cogitação.
A discussão ganhou força após uma declaração do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, que sugeriu que o clube deveria “resolver o problema na Caixa” ou simplesmente suspender os pagamentos. A fala, feita ao fim de uma coletiva, gerou desconforto e reacendeu o debate sobre prioridades financeiras.
Atualmente, o débito referente à construção da Arena gira em torno de R$ 645 milhões. O contrato vigente, firmado em 2022, prevê quitação até 2041. Apesar das dificuldades, o Corinthians afirma que tem honrado os compromissos e que qualquer renegociação será feita com responsabilidade e transparência.
A Caixa, por sua vez, sinalizou abertura para diálogo. Em entrevista recente, o presidente do banco, Carlos Vieira Fernandes, revelou que há uma proposta em estudo: a criação de um fundo de investimento com cotas acessíveis à torcida. A ideia é permitir que milhões de corinthianos contribuam diretamente para a quitação da dívida, transformando o passivo em oportunidade de engajamento e retorno financeiro.
Paralelamente, a campanha “Doe Arena Corinthians”, liderada pela Gaviões da Fiel, segue ativa. Desde o fim de 2024, mais de R$ 40 milhões foram arrecadados e repassados à Caixa. Os boletos continuam sendo pagos mensalmente, com apoio da torcida que abraçou a causa.
Mesmo diante de uma dívida total que ultrapassa R$ 2,6 bilhões, o clube reforça que a Arena é um ativo estratégico e que não há intenção de romper o acordo firmado. A diretoria vê na renegociação uma chance de reequilibrar as contas sem abrir mão da responsabilidade institucional.
Siga O Corinthiano no Whatsapp eTelegram