Renato Augusto é apresentado no Corinthians, prevê 2021 difícil, mas avisa: "Vim buscar coisas grandes"
Ídolo do Corinthians e tido como a principal contratação do clube para a temporada, o meia Renato Augusto foi apresentado na tarde desta quarta-feira como reforço do Timão. De volta após cinco anos e meio, ele vestirá novamente a camisa 8, com a qual brilhou em sua primeira passagem.
Na entrevista coletiva de apresentação, Renato Augusto admitiu que chega com uma responsabilidade maior do que em 2013, previu dificuldades no início, mas demonstrou ambição e projetou conquistas a partir da próxima temporada:
– Voltar a um clube onde há uma história grande, com momentos históricos na carreira e na vida, foi uma decisão fácil. Por outro lado, responsabilidade maior. Vim para buscar coisas grandes. O início é sempre complicado, readaptar e crescer junto com a equipe. Esse ano não será fácil. Temos que terminar de forma boa, para voltar a buscar títulos em 2022. Quem é lembrado, é quem ganha. Vim para cá, pensando nisso de buscar títulos para buscar colocar no meu quadro de troféus e medalhas – afirmou o meia, que assinou contrato até o fim de 2023.
Renato Augusto está com 33 anos e não faz uma partida oficial há quase oito meses. A última foi no dia 10 de dezembro, contra o Ulsan Hyundai, pela Liga dos Campeões da Ásia.
Ele será relacionado para o duelo de domingo, contra o Ceará, às 16h, na Neo Química Arena. Porém, já avisou que não terá condições de atuar durante todo o jogo.
– A gente vem trabalhando bastante nos últimos dias para recuperar a parte física sem correr riscos. Começar os jogos de forma gradativa, de 15 a 20 minutos, e ir subindo a minutagem de jogo. Para crescer tecnicamente. Contra o Ceará, devo ir para o banco. Para fazer algo em torno de 15 a 30 minutos – declarou.
Durante live promovida pelo Corinthians antes da apresentação, Renato Augusto disse estar com 10,2% de percentual de gordura menor do que quando deixou o clube, em 2016. Mesmo assim, ele ainda quer reduzir e chegar perto de 9,5%. Com 1,86m, ele tem 90kg.
– Como eu tinha um clube que precisava tanto dessa parte física minha, comecei a me cuidar mais. Vai passando o tempo, você vê que fica mais importante cuidar do próprio corpo. Eu tomava suplementos, mantinha um rotina, me ajudou a estar bem, me manter na Seleção. Fazia também um acompanhamento com nutrólogo. Isso me fez passar Eliminatórias, chegar na Copa do Mundo. Um trabalho que virou algo normal para mim. Mantenho esse trabalho para seguir jogando em alto nível.
– Em 2013, eu estava chegando e iniciando o trabalho em uma equipe vitoriosa. Tinha sido campeão mundial. Hoje, volto com história dentro clube. Primeira vez que volto a um clube. Sempre fui para clubes diferentes. Volto para onde atingi meu ápice como jogador. Voltar com responsabilidade maior do que em 13, mas com carinho maior do torcedor. Nestes últimos cinco anos, nunca a Fiel deixou de me dar carinho e apoio. Acabou tornando fácil a minha chegada. Responsabilidade maior. Cada um tem uma parcela de ajuda, vou procurar fazer a minha para potencializar e fazer atletas subirem de produção – comentou o jogador.
O meia deixou o Beijing Guoan após não conseguir retornar para a China durante a pandemia e ficar seis meses sem receber salários. Seu agente, então, conseguiu fazer um acordo para antecipar a saída. O Timão teve de arcar apenas com salários e luvas, sem precisar abrir mão de valores para adquirir direitos econômicos.
Renato despertou o interesse do Flamengo e também de outros clubes do exterior, mas preferiu o retorno ao Corinthians.
– Foi fácil escolher o Corinthians pela história que tenho dentro do clube, pelo carinho do torcedor. Mas o Corinthians se planejou para que possa trazer jogadores de nível diminuindo a folha. Trouxe o Giuliano, tem a chance do Roger Guedes e quer melhorar cada vez mais o elenco com outros jogadores, para brigar por títulos a partir do ano que vem – afirmou o meia.
Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva de Renato Augusto:
Posicionamento
– Realmente, aconteceu de jogar em todas as funções do jogo na China. De primeiro volante a centroavante. Lá só tínhamos três estrangeiros e mexiam para que fizessem outras funções. Passei tudo isso para o Sylvinho, passei onde eu mais gosto de jogar e me sinto confortável. Ele passou as impressões dele. Vamos fazer o que for melhor para o grupo, para que eu possa render e ajudar. Vou ter pouco tempo.
Seleção brasileira
– Olha, a Seleção sempre foi um prêmio. Chega e faz um bom trabalho no clube e tem esse prêmio. Meu pensamento hoje é estar bem, ajudar o Corinthians, buscar títulos e coisas grandes. É continuidade do trabalho. Não penso nisso agora. Realmente, penso em estar bem, jogar em alto nível, para ajudar a equipe.
Auxílio a Sylvinho
– É complicado. Passei aqui com Tite e Mano, todos passaram por momentos complicados. Já teve caso das coisas acontecerem e o trabalho aparecer. É importante dar suporte ao treinador também. Para que ele possa trabalhar e achar o que é melhor para o grupo. Às vezes, até vendo coisas no campo que o técnico não vê do lado de fora. Tentar ajudar de dentro de campo passando coisas que estamos enxergando. Conhece o grupo, o clube. As coisas podem melhorar daqui para frente.
Siga O Corinthiano no Whatsapp eTelegram