Edenilson, do Inter, diz ter sofrido injúria racial de Rafael Ramos, do Corinthians — Foto: Silvio Avila/Getty Images
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para a próxima terça-feira, às 10h, o julgamento do lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, por injúria racial.
O jogador português foi denunciado pela procuradoria por supostamente ter chamado de macaco o volante Edenílson, do Internacional, em 14 de maio. Rafael Ramos nega ter feito tal ofensa.
A procuradoria enquadrou o lateral do Corinthians no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".
A pena desportiva prevista para esse tipo de infração é de suspensão de cinco a dez partidas, além de multa que pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil.
Paulo Sérgio Feuz, auditor do inquérito que apura o caso, argumentou que o conjunto de provas elaboradas no inquérito, principalmente a Perícia Labial contratada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mostra "indícios fortes" de uma ofensa de cunho racial por parte de Rafael Ramos.
Por outro lado, a defesa do lateral rebate:
– As perícias existentes respaldam a negativa veemente do Rafael de que ele não praticou qualquer ofensa de cunho racial contra o outro jogador. Independentemente dos encaminhamentos formais da Justiça Desportiva, a inocência do Rafael será comprovada – disse o advogado Daniel Bialski, em entrevista ao globo esporte no início do mês.
Em junho, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio de um laudo de leitura labial do Instituto-Geral, concluiu que não é possível identificar o que foi dito pelo jogador do Corinthians. É a mesma conclusão da perícia feita pela defesa de Rafael Ramos.
O lateral se recupera de uma lesão muscular na coxa e deve desfalcar o Corinthians diante do Fluminense, nesta quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil.
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