O Corinthians se vê novamente envolvido em uma polêmica grave. Durante a gestão de Duilio Monteiro Alves (2021-2023), o clube arcou com gastos de natureza pessoal do então presidente, conforme revelado por notas e cupons fiscais obtidos pelo ge. Entre os itens comprados com o dinheiro do Timão, estão cerveja, cigarro, medicamentos para disfunção erétil, serviços de salão de beleza e até um cachorro de pelúcia.
As despesas somam R$ 86.524,62, sendo R$ 80 mil pagos em espécie, com reembolso previsto de R$ 6.524,62. Ao todo, foram 176 compras em 36 dias.
O relatório obtido mostra gastos absurdos com:
R$ 32 mil em buffet de um “minimercado” inexistente;
R$ 540 em medicamentos, incluindo Cialis e Tadalafila;
R$ 3 mil em barbeadores de luxo;
R$ 737 em flores ornamentais;
Itens de fast food, bebidas alcoólicas e ração animal.
Além disso, há recibos sem valor fiscal e sem descrição de serviço, como R$ 3.350 pagos a uma pessoa física, o que levanta suspeitas ainda maiores.
Duilio negou qualquer irregularidade e alega “manipulação grosseira” dos documentos, afirmando que irá tomar medidas criminais. Porém, o mesmo não teve acesso aos papéis por parte do clube, que registra agora um Boletim de Ocorrência alegando o sumiço dos documentos fiscais.
Outros dirigentes da época, como Wesley Melo (ex-diretor financeiro), João de Oliveira (ex-presidente do Conselho Fiscal) e o próprio motorista Denilson Grillo, também negam conhecimento das planilhas.
O escândalo reacende também as suspeitas sobre Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians. Ele usou cartão corporativo do clube em viagens pessoais para o réveillon em Tibau do Sul (R$ 9.416) e compras em Fernando de Noronha (R$ 6.980) em 2020.
As contas de 2023 foram aprovadas com ressalvas, mas o torcedor exige respostas imediatas e transparência total. O rombo moral é enorme, e a imagem institucional do Corinthians está novamente manchada por má gestão e desvio de finalidade.
Enquanto a Fiel paga caro no ingresso e segue o time na alegria e na dor, quem deveria cuidar do clube, usou o escudo para benefício próprio.